Em uma noite histórica no Dolby Theatre, em Los Angeles, o filme brasileiro Ainda Estou Aqui foi consagrado como Melhor Filme Internacional no Oscar 2025. A produção, dirigida por Walter Salles, trouxe à tona um dos capítulos mais sombrios da história do Brasil: a ditadura empresarial militar de 1964. Com uma narrativa emocionante e visualmente impactante, o longa-metragem não apenas conquistou a Academia, mas também reacendeu o debate sobre memória, verdade e justiça.
Ainda Estou Aqui acompanha a trajetória de uma família dividida pela repressão do regime militar, destacando a luta de mulheres que buscaram por seus entes desaparecidos políticos. A protagonista, interpretada pela premiada atriz Fernanda Torres, vive uma mãe de família que, décadas após o fim da ditadura, ainda busca respostas sobre o paradeiro de seu esposo, levado pelos agentes da repressão. O filme mescla momentos de dor e esperança, retratando a resiliência de quem resistiu ao autoritarismo e a importância de não esquecer os horrores do passado.
Ao receber a estatueta, Walter Salles dedicou o prêmio “a todos que lutaram e ainda lutam pela democracia, no Brasil e no mundo”. Ele ressaltou que o filme é um alerta para as gerações atuais sobre os perigos do autoritarismo e a necessidade de defender os direitos humanos. “A arte tem o poder de curar, mas também de lembrar. E nós não podemos nos esquecer do que aconteceu”, declarou, sob aplausos emocionados da plateia.
A vitória de Ainda Estou Aqui no Oscar não é apenas um marco para o cinema brasileiro, mas também um reconhecimento internacional da importância de se confrontar a história. Em um momento em que o mundo vive retrocessos democráticos e discursos autoritários ganham força, o filme serve como um poderoso lembrete: a luta pela liberdade, verdade e justiça nunca pode ser abandonada.
Além do prêmio de Melhor Filme Internacional, Ainda Estou Aqui também recebeu indicações nas categorias de Melhor Direção, Melhor Roteiro Original e Melhor Atriz, consolidando-se como uma das produções mais aclamadas do ano. A vitória no Oscar coloca o Brasil novamente no mapa do cinema mundial e reforça o papel da arte como instrumento de transformação e denúncia.
Enquanto as luzes do Oscar se apagam, a mensagem de Ainda Estou Aqui continua a ecoar: a memória é um ato de resistência, a verdade, um direito de todos e a justiça tem que ser feita.
PARA QUE NÃO SE ESQUEÇA, PARA QUE NUNCA MAIS ACONTEÇA!
QUE TODOS OS TORTURADORES PAGUEM PELOS SEUS CRIMES!
SEM ANISTIA!